Efeito da Temperatura da Água nas Respostas Cardiovasculares Durante a Caminhada Aquática
Angélica Cristiane Ovando
Heloisa Meinke Eickhoff
Jonathan Ache Dias
Eliane Roseli Winkelmann
Rev Bras Med Esporte – Vol. 15, No 6 – Nov/Dez, 2009
O objetivo deste estudo foi verificar o efeito da temperatura da água nas respostas cardiovasculares: frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD), durante a caminhada aquática em três temperaturas (29°C, 33°C e 37°C). Participaram do estudo 10 homens, com média de idade de 23,2 ± 2,25 anos, massa corporal de 78,4 ± 4,01kg e estatura de 1,774 ± 0,017m. Os participantes realizaram caminhadas aquáticas durante 30 min, a uma cadência controlada de 55 passos/minuto, na altura do processo xifoide, em dias diferentes para cada temperatura, sendo as respostas cardiovasculares monitoradas nos minutos 5, 10, 20 e 30. Apesar do efeito principal de 75,4% (p ≤ 0,001) da temperatura da água sobre a variação da FC, também foi identificado um efeito do tempo de exercício de 91,8% (p = 0,001). A FC aumentou gradativamente no decorrer da caminhada, especialmente na temperatura de 37°C (71,3 ± 8,4 para 114,6 ± 4,4); ao final da caminhada foi maior que os 29°C (p ≤ 0,01) e 33°C (p ≤ 0,05); estas últimas não apresentaram diferença entre si. A temperatura parece ter tido pouco efeito sobre a PAS, visto que apenas nos minutos 20 e 30 foi maior aos 33°C comparada com a de 29°C (p ≤ 0,05). A PAD sofreu efeito da temperatura, diminuindo gradativamente no decorrer da caminhada, especialmente na temperatura de 37°C (70,0 ± 5,0 para 40,0 ± 2,5); apresentou diferença significativa em relação às temperaturas de 29°C e 33°C (p ≤ 0,05), as quais não mostraram diferença entre si. Considerando o efeito da temperatura da água sobre a FC e a PAD durante a caminhada aquática, sugere-se que, quando piscinas terapêuticas forem utilizadas para realização de caminhada na água, a escolha da temperatura da água seja considerada, recomendando-se valores entre 29°C e 33°C para menor estresse cardiovascular.
Palavras-chave: imersão, exercício, frequência cardíaca, pressão arterial.
Artigo na integra: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v15n6/a02v15n6.pdf
"a vida vem em ondas como o mar ... num indo e vindo infinito"...
Tese: Estudo do comportamento do sinal eletromiográfico de superfície em atividades subaquáticas.
VENEZIANO, Wilson Henrique. Estudo do comportamento do sinal eletromiográfico de superfície em atividades subaquáticas. 2006. 137 f. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
Para acessar tese na integra: http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/2453/3/2006_WilsonHenriqueVeneziano.pdf
Artigo: Ánalise da atividade muscular e consumo de oxigênio no ciclismo dentro e fora da água
Exercícios realizados na água, como ciclismo aquático, têm sido utilizados como um método alternativo para o treinamento esportivo e a reabilitação. No entanto, há pouca informação sobre características biomecânicas do ciclismo aquático. Informações a esse respeito são importantes para um melhor entendimento deste exercício. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi analisar e comparar a atividade muscular e o consumo de oxigênio no ciclismo realizado dentro e fora da água. A amostra foi composta por 15 homens saudáveis (25,07±5,31 anos; 72,5±6,10 kg; 1,74±0,03 m). Eles realizaram testes de capacidade aeróbia nos cicloergômetros estacionários terrestre (CET) e aquático (CEA). Foi mensurado o consumo de oxigênio de exercícios submáximos constantes em ambos cicloergômetros e, por último, foi registrada a ativação muscular dos músculos reto femoral (RF), vasto lateral (VL) e isquiossurais (IS) para os mesmos exercícios submáximos realizados anteriormente. O ciclismo aquático foi realizado com imersão até o manúbrio com temperatura da água em torno de 32 °C. A análise dos dados foi realizada no programa SPSS 15.0 e foi considerado um nível de significância estatística de 5% (valor- =0,05). Os resultados revelaram que houve diferença significativa no consumo máximo de oxigênio entre o CET e o CEA, sendo maior no CET do que no CEA (3,96±0,36 L.min-1 e 3,51±0,47 L.min-1, respectivamente; p<0,05). A potência no CEA foi estimada pelo consumo de oxigênio dos exercícios submáximos realizados em ambos cicloergômetros. Não houve diferença significativa entre a condição CET a 40 rpm com 40 W e CEA a 40 rpm (0,871±0,078 L.min-1 e 0,884±0,077 L.min-1, respectivamente; p = 0,980) e entre a condição CET a 50 rpm com 100 W e CEA a 50 rpm (1,454±0,052 L.min-1 e 1,384±0,141 L.min-1, respectivamente; p = 0,177). A atividade muscular foi comparada entre os exercícios submáximos dos cicloergômetros para as mesmas potências e cadências. Os resultados mostraram que somente houve diferença significativa entre as atividades musculares do RF para a cadência 40 rpm (p = 0,046), não houve diferenças para os demais músculos (VL e IS). Conclui-se que, o ambiente aquático interfere no consumo máximo de oxigênio. Através do consumo de oxigênio foi possível determinar a potência dos exercícios submáximos realizados 10 no CEA e a ativação muscular foi igual para uma mesma potência entre o CET e o CEA, exceto para o RF para a cadência de 40 rpm.
Para acessar o artigo segue o link: http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/48967771.html
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